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da vida, o seu rosto, o seu olhar, cada gesto, a sua voz, transpareciam
alegria, uma alegria serena, que só pode ter a sua origem em Deus.
Ele usava muito a expressão, de S. Francisco de Sales: “Um santo
triste é um triste santo” e esforçava-se por alimentar a esperança em
todos. Aquela esperança que vem de Deus e, quando é vivida em
Deus, é geradora de alegria!
6) A humanidade do padre Cruz
Esta humanidade do padre Cruz, foi testemunhada por todos
aqueles que com ele conviveram, pois o Padre Cruz era afável,
simples, de proximidade agradável, e podemos dizer, que existia nele
uma doçura, uma mansidão e paciência, que atraía, não só os mais
simples e as crianças, mas qualquer pessoa culta ou ignorante, pobre
ou rica, crente ou descrente.
Contudo, a esta sua humanidade simples e afável, ele aliava a sua
prudência:
“Simples como as pombas, prudentes como as serpentes”, ensina
Cristo no Evangelho (Mat.10).
Junto com a simplicidade que o levava a entregar-se, a dar-se sem
reservas aos outros, esquecido de si próprio, sem traduzir o mínimo
desejo de agradar, ele usava a virtude da prudência, que é a virtude
do cristão que ama a Cristo e constrói a sua casa sobre rocha, como
conta o evangelista Lucas, (Luc.6,46-49) e construir a casa sobre a
rocha, é observar a Palavra de Deus, é cumprir toda a justiça, pois
tudo virá, ventos, tempestades e aflições e nada abalará a construção,
melhor, nada abalará a nossa fé.
No Padre Cruz, a harmonia estabelecida entre a sua simplicidade e
a sua prudência, dava-lhe a excelência da humanidade.
GRAÇAS DO PADRE CRUZ SJ 59