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Homem do rosário.
Devoto de Nossa Senhora o Padre Francisco da Cruz rezava
vários terços por dia. Contava as distâncias, as viagens, pelos terços
que rezava. Mesmo dentro do comboio, com sua humildade e zelo,
convidava a que o acompanhassem e rezava alto o terço. Rezava-o
na cadeia com os presos, rezava-o com os doentes, rezava-o só na
intimidade do seu quarto ou da capela da casa que o hospedava. É
bem conhecida a história verídica da sua viagem de Torres Novas
para Lisboa, quando pediu ao Senhor Patriarca se o podia trazer no
seu automóvel. Mal se sentou pediu licença para rezar o terço. Mas
depois rezou um atrás de outro a viagem inteira. Quando chegou
a Lisboa e o carro parou, parece que já iam no nono terço, ainda
faltavam dois ou três mistérios para o terminar e o Padre Cruz, com
delicada humildade, pediu licença para acabarem mais aquele terço.
Pregar sobre Nossa Senhora e rezar o terço era para o P. Cruz sempre
motivo de profunda alegria e devoção. Quando o povo que o estimava
e a ele recorria muito e alcançava uma graça (milagre?), o “santo”
dizia logo, que foi Nossa Senhora que fez aquele dom, que concedeu
aquela graça. Na revista anterior já se deu bem a conhecer a devoção
56 GRAÇAS DO PADRE CRUZ SJ